3 de nov. de 2015

Pra que veio?

Se não tinha a intenção de ficar por que veio? Precisava insistir em fazer tudo tão perfeito? De mãos dadas na zuada do reggae, abraçados, se escondendo da chuva na hora do rap, o gosto do seu beijo e o cheiro do seu perfume me perseguem. Noite linda de lua fina, sorrisos por besteira e sua mão na minha. Cheio de magia me fez mais uma vez acreditar em paixão. Pobre menina, cheia de sentimentos se perdendo na ilusão. Fez com que eu me sentisse uma menina. O olhar dele, castanho, parecia me oferecer amor pra toda vida. Menina boba não tem o direito nem de ficar aborrecida, o risco era grande, uma aposta sem garantias. Não entendi o sumiço... Me fez apaixonar, me passou segurança e dormiu comigo. Acordou cedo e foi embora, sem deixar vestígio.
Eu devia estar de boa, não fizemos promessas, não tínhamos um relacionamento. O foda é que para a galera estou, mas por dentro tô sofrendo. Foram alguns dias me sentindo feliz. Ele tinha tudo do jeitinho que eu sempre quis. Engraçado, inteligente e bom de cama. Foi embora sem nem saber o que eu achei de tudo. O moço me trouxe sorrisos, mas me deixou no luto. E o pior é que não me arrependo, tenho certeza que fiz a minha parte direito. Mesmo com saudades e sabendo que não tem jeito, queria ao menos uma última conversa. Para mim, isso é uma questão de respeito. Moço, não guardo mágoas, só estou confusa, sem entender nada. Não se esqueça, se quiser conversar sabes onde me encontrar, pois conheces o caminho de minha casa.


Alyne Sakura
Edição: Renata Orlandi