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Qual é o papel da policia diante dos protestos?


Durante o período da ditadura militar a policia teve um papel primordial para a manutenção do sistema autoritário em voga na época. Durante esse período a policia militarizada tinha além de outras funções, manter a sociedade alinhada às práticas autoritárias. O direito de ir e vir era violado cotidianamente, assim como o direito as manifestações públicas contrarias a ideia do regime. Manter a polícia militarizada obedecia a uma ordem necessária ao sistema autoritário que através da linguagem baseada na hierarquia e na disciplina, mantinha os policiais militares alinhados ao projeto do governo militar.

Passada a ditadura militar, nada mudou. Ainda temos problemas acerca dos direitos dos trabalhadores e a repressão da policia militarizada aos trabalhadores civis. Mas há algo que devemos pensar: quem oprime os trabalhadores militares, especificamente os policiais militares? O direito desses trabalhadores foi negado durante toda a história do nosso país, e a negação de direitos fundamentais como a livre associação sindical e direito a greve é silenciada pelo Estado Brasileiro.

Temos que pensar que existe no Estado brasileiro uma lógica perversa que oprime esses trabalhadores, baseada na ideia militar, que a partir de regulamentos e estatutos formulados de acordo com ideias retrogradas não permite o avanço dessa categoria de trabalhador e consequentemente os direitos da sociedade brasileira.  Temos que avançar, desmilitarizar a policia  para que direitos como livre associação sindical, pagamento de horas extras, definição de carga horária de trabalho, adicional noturno,  periculosidade do trabalho, pagamento para trabalho insalubre  e plano de cargos e carreiras seja aplicado.
Manter a polícia militarizada tem o objetivo de negar direitos ao trabalhador, como também regular sobre o poder legitimo do uso da força contra trabalhadores civís e também militares, como já presenciamos em vários momentos. Há também o interesse do executivo e da própria lógica de precarização do trabalho. O pensamento militar não é compatível as novas questões que estão em jogo atualmente em torno de direitos trabalhistas, é preciso vencer esse problema, organizando comitês Pro-desmilitarização e dialogando com a sociedade.

Qual nosso papel nos atuais protestos?

            Os policiais militares devem estar do lado dos trabalhadores e estudantes. Nós somos uma categoria desvalorizada pelo estado e carregamos marcas perversas perante a sociedade, sempre aplicando golpes ao movimento legitimo e democrático dos trabalhadores e dos movimentos sociais. Não podemos perder a oportunidade de unirmos forças e cumprir nosso dever de trabalhador, que é lutar por igualdade e democracia. O que os protestos estão nos dizendo é: você policial militar, também pode! Temos que colocar o militarismo em contradição. Não podemos admitir em 2013 que ainda tenhamos que seguir a uma hierarquia militarizada subordinada diretamente ao executivo. As polícias mais eficazes do mundo não são militarizadas e seus sindicatos possuem relações de solidariedade com outras categorias, inclusive participando de manifestações por direitos.

            Em São Paulo ou em outros estados não podemos confrontar a democracia que tanto imploramos dentro dos quartéis todos os dias; não podemos confrontar os trabalhadores que servimos diariamente quando são vitimas da lógica do sistema capitalista, que diminue o ser humano ao lobo do homem; não podemos atacar com balas de borracha o mesmo sentimento que temos quando nossos familiares fazem protestos quando nós não podemos; não podemos jogar gás em companheiros que lutam por dias melhores assim como nós pela PEC 300. Os protestos são por dias melhores e não podemos interferir nessa luta. O dever da policia militar é garantir a segurança de todos para que os objetivos sejam alcançados. Ou seja, não mexer uma palha pelo sistema que nos oprime!

Movimento Desmilitarização Já.

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