Pensando em uma grana a mais pra ajudar no orçamento Willana e sua companheira ( XXXXXX 30 anos, Arquiteta e motoqueira ) compraram uma moto e resolveram divulgar nas redes sociais o serviço de moto táxi, acompanhe a matéria!
Blog: De onde surgiu a odeia de fazer mato tx?
Williana: Quando eu e minha namorada decidimos comprar a moto, foi na intenção de melhorar a renda. E usar a moto pra trabalhar também. Mas até agora não rolou nada, Eu fiz o curso de Vigilante, e também não ajudou em nada. Aí surgiu essa ideia.
B: Existe preconceito por você ser mulher?
W: Muito, os homens são maioria esmagadora no que diz respeito a moto, e com esse lance de cada um ter seu "ponto", é ainda pior.
B: Sabemos que alagoas ainda lidera em relação a violência no estado como vc acha que pode trabalhar com segurança?
W: É na tentativa de diminuir esse risco que eu restringi apenas para mulheres.
B: Como você a cena atual da mulher na sociedade ?
W: Eu não tenho essa visão romântica de que as coisas estão mudando. A mulher ainda é vista como inferior e ainda é desrespeitada pelo simples fato de ser mulher.
B: Na sua opinião qual seria o passo primordial pra acabar com o machismo?
e como você vê o machismo no dia a dia
W: Nós vivemos numa sociedade onde o machismo ainda é gritante, e o que é pior, existem muitas mulheres Machistas.
Eu acho que a única forma dessa visão ser modificada é com educação. Porém, além da sociedade como um todo, tem toda uma questão cultural e religiosa que define o homem como cabeça, e, consequentemente, a mulher como cauda.
B: Pelas redes sociais acompanhamos o caso da cantora Elaine Kundera um ato de violência gratuita e homofóbica, você já sofreu algum tipo de preconceito por ser mulher e homossexual ?
W: O tempo todo, por não usar short curto, salto, por não estar o tempo todo maquiada, por raspar o cabelo, por pilotar moto, etc.
B: Você acha q de alguma forma as possibilidades se limitam só por conta de sua opção sexual? como é o assedio no transito?
W: Não pela opção sexual em si, mas pelo que ta por fora. O cabelo, as roupas, a moto. Ah, eles olham como se tivesse um cérebro aberto ali no chão, E buzinam o tempo todo.
" Bora acordar, minha gente.
Vamos estudar, levantar cedo, aprender sobre o que nos interessa, nos atualizamos, vamos lutar por nós mesmos e pelas mulheres. Não para que sejamos maiores ou melhores, mas para que nossos direitos não sejam esquecidos.
Chega de cérebros de férias.
Beijos. Williana "