27 de out. de 2018

MANIFESTO HIP HOP ALAGOANO ANTIFASCISTA

Não é novidade que o Brasil atravessa uma grave crise política e econômica marcada inicialmente pelo golpe de Estado de 2016, encabeçado por um deputado federal criminoso e um congresso corrupto. Na ocasião, a então presidenta Dilma Rousseff foi afastada e o golpista Michel Temer assumiu a presidência do Brasil.
Os desdobramentos desse episódio se refletem até hoje. A onda conservadora avançou e ganhou forças, e trouxe consigo alguns elementos que podemos caracterizar como traços fascistas: discurso de ódio, totalitarismo, criminalização da esquerda, perseguição as minorias e negação ao intelectualismo.
Com o avanço do fascismo, personificado pela figura do então candidato a presidência Jair Messias Bolsonaro, os discursos de ódio se materializaram em atitudes de repressão e violência, e a imagem de Bolsonaro passou a ser cultuada em todo país. A violência está personificada em sua figura e tudo o que ela representa. Casos de assassinato, como o de Mestre Moa do Katende na Bahia, são exemplos do avanço deste terror.
Nós entendemos a importância e o significado do Hip Hop tomar para si a responsabilidade de manter a periferia

informada e preparada para os combates. Historicamente somos nós as principais vítimas do Estado e sofremos na pele, cotidianamente, as contradições do capitalismo. Reconhecemos o berço do Hip Hop. Reconhecer sua raiz é saber que nós sempre estivemos lado, o lado do justo, o lado do oprimido e é desse lado que marcharemos e o defenderemos. Sendo assim, repudiamos veementemente a candidatura de Jair Bolsonaro e tudo que ela representa.
No próximo dia 28, estaremos ao lado do nosso direito de viver e contestar, estaremos ao lado da democracia, ao lado de Haddad, somos resistência!