E em nome de Jesus, uma trupe de retardados que se dominam grupo de extrema-direita, que em dezembro do ano passado invadiu a UniRio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro), reivindicou a autoria do ataque à sede da produtora Porta dos Fundos na terça-feira (24/12)
O mesmo grupo que, no ano passado, invadiu e queimou bandeiras na UniRio afirma que foi o responsável pelo ataque ao Porta dos Fundos. No vídeo, eles usam expressões como “burguesia”, “antipatriótica” e “marxista” e se dizem integrantes da FIB (Família Integralista Brasileira)..
O Odilon Caldeira Neto, Phd da Universidade Federal de Santa Maria e autor da obra “Sob o Signo do Sigma: Integralismo, Neointegralismo e o Antissemitismo”, que ponderou que a ação na UniRio expunha um cenário mais agitado no campo da direita política, do qual o integralismo faz parte.
Ele explicou, à época, que o movimento político nasceu no período de entreguerras, como Ação Integralista Brasileira (AIB), e propunha uma plataforma autoritária, antidemocrática, nacionalista, corporativista e com algumas tendências antissemitas, com clara inspiração nos modelos e correntes intelectuais autoritárias, conservadoras e fascistas na Itália, Portugal e Alemanha.
“O neointegralismo é um fenômeno que acomete os tais grupos após a morte de de sua principal liderança, Plínio Salgado, em 1975. Após o falecimento, os militantes integralistas – e simpatizantes – passam a disputar essa herança política da liderança e também a divergir em termos de estratégias”
“Atualmente, existem dois principais grupos integralistas mais institucionalizados, que são a FIB (Frente Integralista Brasileira) e o MIL-B (Movimento Integralista e Linearista Brasileiro). Ambos estão presentes em diversas localidade do país, no entanto, a FIB é mais articulada, inclusive em torno de partidos políticos”